Quando se fala em motociclistas, a primeira imagem que nos vem à cabeça é um grupo de homens grandes e mal-encarados, vestidos com roupa de cabedal, cheios de tatuagens, que não têm medo de nada nem de ninguém. Na realidade, é por isso mesmo que um grupo de motociclistas dos Estados Unidos decidiu usar essa “imagem pré-concebida” a seu favor, ajudando crianças que sofreram abuso e violência.

A Bikers Against Child Abuse (“Motociclistas Contra o Abuso Infantil”) é uma organização internacional sem fins lucrativos que recruta motociclistas voluntários como um sistema de apoio a crianças vítimas de abuso familiar. Com voluntários em diversos países, como Nova Zelândia, Austrália, Canadá e Estados Unidos, esta organização garante inclusive que as crianças se sentem seguras e protegidas no momento em que precisam de enfrentar os seus abusadores, escoltando-as até ao juiz quando têm de testemunhar em tribunal.

Todas as suas ações são feitas de forma completamente gratuita, sendo que todo o dinheiro usado sai directamente dos seus bolsos, como aconteceu quando cinco deles gastaram US $ 100 para levar uma adolescente que foi abusada sexualmente para comprar roupas novas e fazer o cabelo e as unhas.

homemnapratica.com - Grupo de motociclistas ajudam crianças vitimas de abuso

A ideia surgiu de John Paul Lilly, um assistente social clínico e professor, quando em 1995 se encontrava a trabalhar com um menino que tinha muito medo de sair de casa por causa de bullying. John identificou-se com o pequeno pois ele próprio foi abusado quando era jovem. Mas ele tinha algo que o seu cliente não tinha – motociclistas da vizinhança que eram seus amigos.

“Eles se tornaram na minha família“, disse John ao Tank’s Good News. “Eu nunca me senti mais seguro do que quando estava com eles.”

E foi então que nasceu o BACA.

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Para se ser aceite como voluntário, é necessário submeter-se a uma verificação federal de antecedentes com impressão digital. Além disso, terá de frequentar a B.A.C.A. mensalmente em reuniões, passeios, audiências, outros eventos B.A.C.A. e passeios, no mínimo durante um ano. Após esse período, só será aceite se o Conselho de Administração votar sim em unanimidade.

Conhece aqui um pouco mais sobre a sua história:






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