E chegou o temido Dia dos Namorados. Para o que muitos é um dia só de alegrias e comemoração, para outros é uma verdadeira saia justa.
Casais recentes demais para celebrar ou tão antigos, que nem se importam mais; casais em crise, que já não se aturam e casais nos quais um acha que namora e o outro tem certeza que não. É dia de revelação, de descobrir que um ama mais que o outro, ou que os dois já se tornaram irmãos.
Tem aqueles que chegam com um presentão, uma joia, uma aliança, uma viagem em mãos; e tem os que vêm de mãos abanando, com um sorriso amarelo e pedindo perdão. Como não ser pego de surpresa no dia e terminar a noite sozinho é questão de sintonia com a outra metade, de se fazer entender até meados de maio, pra evitar decepção.
Quando existe aquela química, sentimento, paixão, é fato que a data é de celebração. Todo o ritual de sair e presentear, não importa o tempo de espera pela mesa mais romântica do bistrô, nem o tamanho do rombo no orçamento para agradar o seu amor.
Se o tempo já calejou a relação, queimou a confiança com passos errados, tornou amargo o gosto doce do passado, a data pede trégua, um presente de reconciliação, um pretexto pra fazer as pazes… Ou não.
Agora, quando namorar não está na pauta da relação, quando o lema é viver os dias livremente, sem cobranças, sem compromisso, sem, sem, sem… Que nesse caso fique bem claro, nada de falsas esperanças e programas pré-agendados, nada de lembranças, ou excesso de agrados. Que o dia sirva apenas pra mandar o seu recado.
Aos que estão solteiros na ocasião, à caça da alma gêmea ou de um par pra dar as mãos, que a data seja um álibi para novos encontros, um pretexto pra badalação. Boa sorte a todos, que a reciprocidade os acompanhe, nos presentes trocados, nos beijos dados, nos planos partilhados… Ou não.