Ar puro, sombra e água fresca. Pode parecer um clichê, mas essa ainda é a melhor combinação para restaurar as energias e dar uma turbinada na saúde. Os benefícios para quem mora nos grandes centros urbanos, onde há poucos espaços dedicados ao verde e falta o ar puro, é ainda mais nítido quando incorpora à rotina, escapadas estratégicas para o meio do mato.
Além de proporcionarem um aspecto mais bonito às cidades, os espaços arborizados ajudam a equilibrar as condições climáticas, aumentando a umidade do ar, reduzindo a poluição sonora e visual e regulando o escoamento das chuvas, fatores esses que impactam positivamente na qualidade de vida.
A mãe natureza também nos faz bem num sentido menos óbvio e perceptível a olho nu. Um dos fatores que justifica a importância em ficar ao livre de modo frequente é seu impacto sobre a nossa saúde.
Uma pesquisa recente relatou que passar meia hora por semana em áreas verdes resulta numa redução de 7% dos casos de depressão e 9% nos casos de pressão alta. Outro estudo, entretanto, concluiu que são necessárias no mínimo duas horas (que podem ser fracionadas no decorrer dos dias) por semana para perceber os benefícios na saúde física e mental. Diferenças de tempo à parte, ambos ressaltam a importância de criar o hábito de sair da rotina desgastante das grandes cidades para buscar o equilíbrio.
Isso porque o estilo de vida urbano é muito estimulante e desgastante de várias maneiras: trânsito, insegurança pública, falta de exposição à luz solar (que pode levar à depressão, entre outras doenças) excesso de competitividade no trabalho, excesso de estímulos visuais e sonoros são alguns dos fatores que nos condicionam a ficar atentos constantemente. Essa carência de relaxamento age negativamente sobre o organismo, elevando os níveis de liberação do cortisol, o hormônio do estresse.
Se por um lado, o cortisol nos deixa mais atentos e prontos a encarar situações desafiantes, por outro nos torna excessivamente estressados, ansiosos, deprimidos, além de prejudicar o sistema imunológico, nos deixando mais suscetíveis a adoecer. Ambientes verdes, arejados e tranquilos, entretanto, geram o efeito contrário, atuando para reduzir o nível do cortisol no organismo e consequentemente, seus efeitos nocivos.
Vale ir sozinho, com o par, ou procurar por grupos de caminhadas, yoga, pescaria, de ciclistas, etc. Seja com um bom tênis para corrida ou descalço, com os pés na terra, vale ir pro meio do mato pra abraçar árvores ou se sentar sob uma pra tirar um cochilo ao som dos sabiás… Tudo vale pra se reconectar com você mesmo e dar aquele detox do estilo corrido de vida dos grandes centros.
Sua cidade não tem parques, bosques, represas, ou qualquer outro tipo de refúgio verde? Não desista, invista em escapas frequentes para correr atrás dos prejuízos à saúde que a vida urbana nos traz. Bora arejar?