Aprendi que recomeçar é uma dádiva, muitos não terão essa chance!
Não fui criado numa redoma, tampouco livre como o vento, aprendi o significado do respeito, da honestidade e da disciplina.
Tudo que me foi dito e ensinado, foi com propósito e, apesar de muitas vezes faltar afeto, carinho ou uma palavra, percebi que o que sempre importaria – independente do tempo -, é que eu deveria seguir os meus princípios, agir de acordo com o meu coração.
E foram tantas às vezes em que eu me perdi, sem nunca deixar de ser quem eu sou… cada dúvida me moldou e eu, sem muito acreditar, fiz crescer aquela pequena chama da fé.
Aos poucos e me reconstruindo, readaptando minha mente, coletando os meus pedaços, renasci.
E quer saber?
Conquistei algo que é alicerce e me faz olhar a vida com esperança: o amor!
Quanto mais eu sofria, mais perdoava, e quando me dei conta, o que era dor já não doía, passava…!
De alguma forma, algum anjo vinha e me curava, não sei se com palavras enquanto eu dormia, mas de um jeito bonito, o perdão me despertava.
Acordei para o que me procurava, sou o enigma, a peça que faltava.
E toda vez que a vida me afogava, o Universo me salvava.
Pude enfim perceber que recomeçar era dádiva. E sou o meu amanhecer mais completo, tenho sido prioridade desde então.
Despertei para o melhor de mim.
O tempo me fez perceber que fiquei mais forte, que o que antes me doía, hoje só pede um pouco de paciência e gentileza comigo mesmo.
Sei que sou feito dos tropeços e cheio de marcas que a vida me causou, mas ainda assim, permaneço com a fé intacta, e é sempre assim: um dia de cada vez, algumas pausas para descansar, esfriar a cabeça e pensar em um novo jeito de recomeçar.
Não é de agora que venho lutando contra os meus próprios fracassos, mas é desde sempre que a esperança me causa uma sensação de possibilidade – de um recomeço mais promissor – não vou desistir agora pois sei que meu tempo não se esgotou.
É tempo de buscar pela liberdade que a minha alma sempre sonhou! É tempo de recomeçar e de me colocar diante da vida como prioridade!
*DA REDAÇÃO HP. Texto de Vitor Ávila