Quem inventou a expressão “levantar com o pé esquerdo”, talvez fosse um sofredor da síndrome conhecida como fascite, ou fasceíte plantar, uma vez que os primeiros passos de quem pisa no chão ao acordar e sofre do problema, costumam ser bem doloridos e difíceis.
Em termos médicos, a fascite plantar é considerada uma inflamação, decorrente de microtraumatismos repetitivos na origem da fáscia plantar sobre a tuberosidade medial do calcâneo. Para o leigo, ela nada mais é do que uma sensação dolorosa, por vezes semelhantes a de uma queimação na sola dos pés, que acontece próximo ao calcanhar.
Relativamente frequente, esta síndrome atinge cerca de 10% da população em pelo menos um momento da vida e pode durar aproximadamente nove meses. Pessoas que têm pés cavos ou chatos, que apresentam tensão no tendão de aquiles, bem como os obesos, têm maior propensão a desenvolver o quadro. O uso de calçados inadequados por muitas horas pode desencadear o problema, além da realização de atividade física intensa. Usain Bolt, que se consagrou o homem mais rápido do mundo nas Olimpíadas de Londres e se tornou uma lenda com suas gigantescas passadas de 2,44 metros que se cuide, porque passos muito largos também podem colaborar para a instalação da fascite plantar.
Até o momento, não existe mágica; os tratamentos para fascite plantar costumam ser longos, podendo durar desde várias semanas até anos e podem ser conservadores ou cirúrgicos, quando o paciente não responde bem ao tratamento conservador.
O tratamento conservador inclui a prescrição de antinflamatórios e a aplicação de compressas de gelo quando o quadro ainda for recente e a dor aguda; e a aplicação de bolsas de água quente, quando o quadro tiver se tornado crônico. O repouso também é um coadjuvante, na medida em que é necessário tempo para a recuperação das estruturas acometidas. Alongamentos e exercícios específicos, prescritos pelo médico, auxiliam no combate à dor. O uso de fitas desportivas apropriadas gera maior proteção à fáscia plantar, colaborando para a diminuição da dor e recuperação da lesão, assim como o uso de palmilhas e órteses customizadas.
A cirurgia da fascite plantar representa a última opção de tratamento. Sua taxa de sucesso depende da complexidade do caso. Apesar do bom prognóstico médico, o quadro da síndrome incomoda por sua longa duração. Na era da velocidade, em que tempo é dinheiro, em que repousar é deixar de ganhar e que reduzir as passadas pode siginificar ficar para trás, seu tratamento é tido como algo que geralmente só traz bons resultados no longo prazo. Por isso, penso que o dia em que a medicina for capaz de eliminar a fascite plantar num passe de mágica, parafraseando Neil Armstrong ao pisar na lua em 1969, teremos dado “um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade”.
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