Pesquisadores da USP desenvolvem terapia que faz câncer entrar em remissão em 1 mês. Paciente se curou após 13 anos lutando contra a doença.
As imagens do arquivo da USP Ribeirão Preto mostram a remissão do câncer um mês após a terapia revolucionária brasileira.
Ótima notícia: Pesquisadores da USP de Ribeirão Preto aplicam terapia revolucionária que fez o câncer de um paciênte que sofria há 13 anos, entrar em remissão no período de 1 mês.
A notícia foi divulgada a grande imprensa e está crescendo as esperanças de quem está lutando contra a doença.
Como os tratamentos para câncer são caros, a terapia foi feita na rede pública, pelo SUS.
O paciente que passou pela terapia se chama Paulo Peregrino, ele é um publicitário de 61 anos e foi uma das primeiras pessoas no país a passar pelo tratamento com CAR-T Cell, uma terapia inovadora desenvolvida pela farmacêutica suíça Novartis.
Como funciona
A tecnologia modifica células de defesa do corpo do paciente e faz com que elas matem o tumor sem afetar as células saudáveis.
“Foi uma resposta muito rápida e com tanto tumor. Fiquei muito surpreso de ver a resposta, porque a gente tem que esperar pelo menos um mês depois da infusão da celular”, disse Vanderson Rocha, coordenador nacional de terapia celular da rede D’Or e professor da USP.
A grande esperança do tratamento está também no Sistema Único de Saúde, o SUS, que está encabeçando a terapia e faz parte de um protocolo da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Instituto Butantan e o Hemocentro de Ribeirão Preto.
No Brasil, dos 14 pacientes que foram submetidos à tecnologia na rede pública, todos apresentaram remissão de ao menos 60% dos tumores que tinham.
O tratamento envolve a coleta das células T (células com funções imunológicas) do paciente, que são congeladas e enviadas para o laboratório da Novartis nos Estados Unidos.
Segundo consta, elas são modificadas geneticamente, multiplicadas e passam por uma espécie de “treinamento”, tornando essas células muito agressivas contra o câncer.
As celulas após serem treinadas são inseridas no corpo do paciente e com alta efetividade encontram e matam o tumor.
Números de pacientes que serão tratados pelo SUS no próximo semestre
O SUS espera tratar mais 75 pacientes no segundo semestre de 2023.
O tratamento é de alto custo, mas o Brasil tem conseguido introduzir a tecnologia via rede pública, felizmente, para que todos tenham acesso, em breve.
História de Paulo
A história de Paulo impressiona porque ele estava próximo de receber cuidados paliativos depois de 13 anos lutando contra a doença, mas quando foi submetido ao tratamento no Centro de Terapia Celular (USP), em um mês entrou em remissão.
Uma tomografia feita por Paulo antes e depois do tratamento, mostra como o uso da CAR-T Cell fez toda diferença no processo de remissão que o homem sofreu.
“Quando a gente viu, todo mundo vibrou. Coloquei no grupo de professores titulares da USP e todo mundo ficou impressionado ao ver a resposta que ele teve”, disse Vanderson.
Remissão não é cura
Ainda que a remissão da doença seja algo a se comemorar muito, ainda não podemos chamar de cura.
“Remissão completa (caso de Paulo) não é o mesmo que cura. Ela indica que não há evidência de doença detectável em um determinado momento”, explica Adriana Barrichello, oncologista do Hospital Sírio Libanês.
A médica acrescentou que ainda que o paciente não tenha evidências da doença, existe um risco de recorrência.
“A cura, por outro lado, mostra que o tumor foi erradicado e que, essencialmente, não há chance de retorno no paciente”.
Não é possível tratar todos os tipos de cânceres
Infelizmente, o CAR-T Cell não pode ser usado para todos os tipos de cânceres. Saiba quais podem ser incluídos na terapia:
– leucemia linfoblástica B,
– linfoma não Hodgkin de células B
– mieloma múltiplo, que atinge diretamente a medula óssea. Essa última ainda não está disponível no Brasil.
Para as pessoas que possuem esses tipos de cênceres essa notícia é sim revolucionária.
*DA REDAÇÃO HP. Com informações de Olhar Digital e Oncoguia. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal.
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