Família

Pet terapia: os bichos como terapeutas!

 

 

Popularmente, todos sabemos que ter um animalzinho de estimação pode ser benéfico de muitas formas. Isso se ele não for um capetinha ambulante, um destruidor de colchões, ou um animal agressivo e perigoso.

O contato sensorial com pets promove sensação de bem estar e auxilia para elevar a autoestima. Quando interagimos com eles, a tendência é ficarmos mais afetuosos; nesses momentos, a frequência cardíaca diminui e a produção de cortisol, hormônio liberado em situações de estresse ou ansiedade, é reduzida. Além disso, essa interação estimula a produção da serotonina, hormônio responsável pelo bem-estar e sensações de prazer.

Apesar de ser benéfica de muitas formas e para a maioria das pessoas, há casos específicos em que a eficácia desta interação é comprovada: no tratamento contra o câncer, doenças cardíacas, em quadros de depressão, paralisias e estresse pós-traumático. Pesquisas feitas com sessões semanais de Pet Terapia demonstraram que ela pode ser um bom recurso no tratamento do Alzheimer, déficit de atenção e diversos transtornos psicológicos.

No caso específico de idosos, uma pesquisa feita pela Universidade de Michigan, nos EUA, revelou que 90% dos que têm “pets” se consideram mais amados e dizem desfrutar mais da vida por conta dos animais. Relatam ainda que ter animais de estimação os deixa mais ativos fisicamente, além de proporcionarem um sentido para a vida, na medida em que são responsáveis pelo bem estar deles.

Outro fator importante é o da socialização. Quem tem um cachorro, por exemplo, precisa sair de casa para levar os animais para passear e acaba se expondo mais, fazendo contato com outras pessoas, criando afinidades com outros donos de animais. Isso em si já é um grande benefício, principalmente no caso de idosos, em que solidão é um problema muito comum.

A psicóloga e coordenadora do Instituto Cão Terapeuta , Tatiane Ichitani, desenvolve um trabalho de levar esporadicamente voluntários e cães treinados até instituições que cuidam de crianças, adultos e idosos, enfermos ou portadores de necessidades especiais. O objetivo da ong é o de promover saúde e qualidade de vida por meio da intervenção com os pets. Segundo ela, é bastante frequente a situação em que os idosos se esquecem do nome de filhos e parentes, que deixam de visitá-los, mas sabem de cor o nome dos animais do instituto. O vínculo que se forma entre eles é um poderoso antídoto contra a sensação de abandono, gera bem-estar e pode auxiliar para diminuir a quantidade de medicação.

Crianças e animais também formam ótimas parcerias. Entre um tablete e um cachorro brincalhão, provavelmente a companhia do animal será a primeira escolha. Os pets motivam a criança a se exercitar, estimulam a criatividade, as tornam mais confiantes e relaxadas. Podem ser grandes aliados em momentos de crises familiares, como separação dos pais, mudança de cidade, perda de um ente querido e no enfrentamento de doenças, na medida em que promovem afeto e sensação de conforto, desinteressadamente.

Modalidades de Pet Terapia

Além de cães e cavalos, peixes, pássaros, gatos, coelhos, aranhas, cobras e botos também podem ser utilizados na terapia com animais. As modalidades mais comumente usadas entretanto, são:

Equoterapia

Por meio da montaria, a equoterapia visa promover maior atenção e equilíbrio aos pacientes. Os resultados físicos e emocionais são percebidos rapidamente na interação com os cavalos.

Tem eficácia comprovada para complementar o tratamento de pessoas autistas e com síndrome de Down. Quadros de pessoas com paralisia cerebral, derrame, hiperatividade e déficit de atenção também podem ser beneficiados.

Delfinoterapia

Conhecidos por sua inteligência e espírito brincalhão, golfinhos treinados são muito eficientes nos tratamentos de depressão, autismo, paralisia cerebral e transtornos de atenção. O trabalho é sempre mediado por um profissional e pode envolver nado, carícias e participação em algumas brincadeiras.

Os efeitos desses momentos de diversão são: alívio dos sintomas, melhora na coordenação motora, capacidade de relações humanas mais afetuosas, melhora no aprendizado e aumento da sensação de bem-estar.

Cinoterapia

Melhores amigos e também terapeutas, os cães têm sido cada vez mais requisitados por instituições para ajudar na recuperação de dependentes químicos, idosos que vivem em asilos e precisam de estímulos para a memória e a fala, crianças em situação de vulnerabilidade, etc. Hoje em dia, são tão reconhecidos e disseminados os benefícios da prática para a saúde, que pacientes hospitalizados são autorizados a receber visitas de seus amigos de quatro patas em seus quartos.

 E você, já se rendeu ao amor de um pet?

 

Homem na Prática

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