Saúde

Vício no celular: como lidar!

 

 

Pode-se dizer que hoje em dia o smartphone é o acessório mais importante que carregamos em nossas vidas. Por meio deles ficamos em contato com nossos familiares, amigos, temos acesso às notícias e redes sociais. Isso sem mencionarmos os casos onde os aparelhos são também ferramentas de trabalho, o que é cada vez mais frequente, independentemente da ocupação que se tem.

Mesmo assim, há uma linha tênue para compreender quando o celular deixa de ser um acessório importante para virar praticamente uma extensão do nosso corpo. Por conta disso, criou-se o termo “nomofobia”, que é o medo, ou pânico de ficar sem celular, caracterizando uma fobia.

Os sintomas da nomofobia

Medo, ansiedade, estresse e ataques de pânico ao pensar em sair sem celular. Os sintomas podem levar a outros efeitos colaterais, como tremores, sudorese, tontura, dificuldade em respirar, náuseas, dor no peito, aceleração da frequência cardíaca.

Causas do vício em celular

Esta dependência psicopatológica vai além de uma fobia simples, de modo que medicamentos como os ansiolíticos podem não ser eficazes. Baixa autoestima e dificuldades nos relacionamentos sociais são fatores de risco que podem levar ao vício.

Por conta da satisfação quase imediata que as redes sociais podem provocar, via “likes, retuites e favoritadas”, respostas e mensagens diretas, é possível obter pequenos prazeres psicológicos de forma fácil e rápida. Forma-se o vício no sistema de recompensa de redes sociais.

No médio e longo prazos é possível perceber sintomas relacionados à falta ou excesso de uso de um smartphone. Entre os mais comuns, destacam-se fadiga, problemas oculares, dores musculares, tendinites, cefaleias e distúrbios do sono, por exemplo. Além disso, prejuízos na sociabilidade também são nítidos, uma vez que a prioridade na vida dos indivíduos viciados se transforma em mexer no celular, e não em vivenciar relacionamentos e situações off-line, em sua real profundidade.

Os “viciados” em celulares apresentam sintomas muito parecidos com os daqueles que têm algum tipo de dependência química.

Fissura

Pode ser percebida quando se passa a usar o celular como um meio para se sentir melhor quando não está bem. Por exemplo, se você fica triste, imediatamente pensa em pegar o celular para ver as redes sociais até que a sensação passe – ou diminua.

Abstinência

Ocorre quando há excessiva preocupação em estar sem o smartphone. Nesses casos, a ansiedade dispara, imaginando que estão tentando entrar em contato, mas você está impedido de responder. Há ainda resistência ou dificuldade em desligar o aparelho em situações onde isso se faz necessário, como no avião, por exemplo.

Consequências negativas

A partir do momento em que o uso excessivo do celular acarreta em prejuízos à vida pessoal, é preciso estar ciente da dependência do aparelho. Você passa a se atrasar porque ficou no celular; o parceiro começa a dizer que está se sentindo pra escanteio na relação; há aumento nas faturas e consumo de dados; redução da produtividade no trabalho ou nos estudos, etc.

Perda de controle

Pode haver a sensação de que em vez de estar no controle, você está sendo controlado pelo celular. A partir do momento que se gasta mais tempo no celular, o ambiente e as relações passam a ficar em segundo plano. Os amigos e familiares se ressentem, pois possivelmente não conseguirão mais manter uma conversa com você. Muitas vezes, o viciado abre mão até de dormir para passar mais tempo conectado.

Tolerância

Quando estes cenários são identificados, o usuário já perdeu a noção do tempo que passa em função do aparelho. Pode até haver a sensação de tristeza e infelicidade por conta dos prejuízos que o uso excessivo do celular desencadeia, mas mesmo assim, há grande dificuldade em fazer algo a respeito para mudar a situação. Por isso, a ajuda profissional pode ser um ótimo começo para reassumir o controle da própria vida. Médicos e psicólogos estão hoje bastante familiarizados com essa questão e podem atuar para reverter o vício.

Se você perceber que chegou nesse ponto (caso não seja um médico ou algo do gênero, que precise estar sempre disponível, ou esteja esperando por notícias urgentes 24 horas por dia), em que já não vê tanta graça em um encontro presencial; se pensa mais na repercussão dos posts do que no prazer que as situações em si provocam; se não fica uma hora longe do seu aparelho, ao ponto de dormir com ele ligado na cabeceira; se checa notificações em momentos impróprios; se já tomou um fora por passar mais tempo de olho na telinha do que nos olhos da amada, meu amigo, não demore em procurar ajuda!

A coisa mais importante é identificar o problema. Sozinho, caso o problema não esteja tão avançado, é possível tentar se ‘desviciar’ aos poucos, abrir os olhos para outros interesses que não sejam na internet, atividades off-line e encontros presenciais, em vez de virtuais.

Veja algumas dicas de especialistas para tentar controlar o ímpeto irresistível de se entregar ao mundo virtual dos smartphones:

1. Deixe a tela cinza

As cores brilhantes agem como recompensas para o cérebro. A sugestão é configurar o telefone em uma escala de cinzas, para eliminar esses reforços positivos que nos mantêm interessados.

2. Desative as notificações impessoais

Muitas das notificações são dos próprios dispositivos e dos apps, e não dos nossos contatos pessoais. Isso faz com que nossos celulares vibrem e se acendam, demandando nossa atenção.

  1. Carregue o celular fora do quarto

É bom manter uma distância física do celular na hora de dormir. O sono fica mais leve e intermitente quando sabemos que o celular está ao nosso alcance.

4. Reduza os ícones da tela inicial

O simples fato de estar na tela inicial torna os aplicativos mais interessantes. Mesmo se não precisarmos acessá-lo, dada a facilidade, acabamos clicando e navegando sem propósito. Por isso, especialistas sugerem limitar a tela inicial a apenas ferramentas e aplicativos “tediosos” (não em redes sociais) e itens que ajudem em tarefas – como calculadora, despertador, mapas, câmera e calendário, que e que não prendam a atenção demasiadamente.

5. Incorpore “a busca”

Uma vez que a tela inicial seja enxugada dos apps mais atrativos, em vez de acessá-los imediatamente, será preciso recorrer ao campo de buscas do celular. O simples ato de escrever o nome do aplicativo, em vez de abri-lo com um único clique, costuma ser burocrático o suficiente para repensarmos se realmente vale a pena ir adiante.

Fique atento! O mundo acontece ao seu redor, não por baixo de uma película de proteção. Desconecte-se e navegue em águas reais, curta os verdadeiros prazeres da vida, com olhos nos olhos, presente no seu presente. E, se sobrar, só se sobrar muito tempo, poste uma foto depois!

Homem na Prática

Queremos falar de forma descontraída sobre o universo masculino sem qualquer estereótipo. Prazeres, Família, Trabalho, Finanças, Futuro e Gastronomia. Papo aberto, franco e direto!

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