Um dos motivos de algumas pessoas temerem e fugirem do sucesso, sabotando o próprio crescimento, é o medo da manutenção desse sucesso, do alto custo para se manter no topo. A insegurança e falta de uma boa autoestima podem minar o progresso, na medida em que a pessoa tem a sensação de que está tendo apenas sorte, ou de que é uma farsa não merecedora do êxito, é alguém que não confia em seu próprio talento.
A subida para o topo é vertiginosa, o sucesso pode amedrontar quem está inseguro do próprio desempenho. É o medo da queda. O receio das críticas, de não conseguir manter o alto padrão, faz muitas vezes com que sabotemos nosso avanço. Na zona de conforto, fora do pódio, as cobranças e expectativas são menores, tanto dos outros para conosco, quanto de nós para conosco.
Existem algumas maneiras que usamos sem perceber, de sabotar nosso próprio sucesso. São indícios de que estamos fazendo isso quando:
Colocamos os desejos de curto prazo antes do sucesso no longo prazo
Esse é o caso típico de quem se premia por ter emagrecido um quilo se dando o direito a uma fatia de bolo, por exemplo. É recompensar-se com algo que conflita diretamente com o objetivo de longo prazo que se busca. Uma pessoa que valoriza sua saúde e quer perder peso verdadeiramente, não usaria o emagrecimento como uma desculpa para comer guloseimas.
Uma pessoa que quer se tornar rica não gastará uma grande quantia despropositadamente, para se presentear pelo bom trabalho de economia até então, pois estará desfalcando sua pretendida fortuna. Recompensas são uma boa maneira de ficar encorajada, mas essas recompensas não devem minar seu objetivo. Estabelecer tal precedente poderia fazer um rombo enorme em seu progresso a longo prazo, se você se deixar levar.
Superestimamos nossa própria capacidade de cumprir metas
O excesso de confiança, ou falta de autoconhecimento, nos leva às vezes a estabelecer metas inatingíveis para os nossos próprios padrões, o que leva ao fracasso. Esse é o caso do sedentário que se matricula na academia sob o argumento de que “agora será tudo diferente”, e que vai treinar por duas horas diariamente! Ele teria que ignorar deliberadamente sua história para acreditar que isso seria possível. Estabelecer uma hora de exercícios, três vezes por semana seria um bom começo. A perda seria gradual, mas aconteceria. Em duas semanas no ritmo frenético para seus padrões, o pretenso atleta certamente desistiria da academia e poria todo seu sucesso a perder. Por isso, pequenas mudanças seriam muito mais realistas e viáveis para atingir as metas.
Procrastinamos indefinidamente
A realidade é que nosso eu do presente e do futuro são os mesmos, somos as mesmas pessoas. Quanto mais empurramos nossas atitudes para o dia seguinte, o mais provável é que continuemos a fazer isso.
O famoso regime que começa na segunda-feira que vem, o estudo que dizemos que vamos começar, mas deixamos pra véspera do exame, a pessoa que vamos convidar para um café, mas não convidamos nunca… São todas formas de auto sabotagem, uma forma insidiosa de autoilusão que permite que as pessoas adiem indefinidamente suas ações.
Pensamos ser produtivos quando não somos
“Eu organizei meu armário e fiz uma lista de coisas para fazer. Hora de tomar dar um tempinho nessa organização!” É fácil se enganar e acreditar que fizemos algo “produtivo”, mesmo que isso não tenha resultado em nenhum progresso. A procrastinação é tão inteligente que pode disfarçar-se em tarefas que parecem ser produtivas (mas na verdade não são). Se você trabalha em casa e tem projetos com prazos a cumprir, então reorganizar o armário é a última coisa que você precisa fazer.
Se uma atividade não resulta em andamento progresso, é preciso ser honesto com você mesmo. Você está provavelmente apenas agradando a si mesmo mentalmente em uma tentativa equivocada de se sentir melhor sobre sua falta de ação e consequente falta de resultado.
A subida ao topo pode ser vertiginosa, talvez seja aconselhável não olhar para baixo no meio do caminho. A vista de cima, no entanto, compensa. Uma vez que conquistar o seu lugar ao sol, basta manter o ritmo e mirar montanhas mais altas… Bom trabalho!
Será que você sabota seu próprio sucesso?